24 August 2006

É difícil explicar para vocês a sensação de realização que eu tive hoje por, finalmente, conseguir me tornar sócia de uma locadora de DVD aqui em Tóquio. A Cláudia me passou o nome de uma locadora semanas atrás e eu procurei na internet. Achei, mas o site era todo em japonês, incluindo o endereço. Mandei para a Clau na semana passada só o endereço, mas o computador dela não estava configurado para ler a escrita japonesa. Na segunda-feira, quando eu fui na casa dela, eu resolvi esse problema, mas só ontem lembrei de pedir a ela para traduzir o endereço da locadora, que nós sabíamos que ficava em Roppongi. Ela traduziu e nós olhamos no atlas que temos aqui, aliás esse atlas tem sido uma mão na roda.

Hoje, finalmente, fui lá e me tornei sócia - Roppongi fica a mais ou menos uns 20 minutos de onde estou via metrô e também tive que andar uns 15 minutinhos dentro e fora da estação. Mas, não sabia eu que o desafio estava só começando. O atendente falava inglês suficiente para fazer o meu cadastro (que custou 500 Yen, mais ou menos $5 americanos). Toda alegre, de carteirinha na mão, fui alugar meu primeiro filme. Eu já tinha lido que aqui no Japão alguns filmes chegam bem depois de serem lançados na Nova Zelândia (nos cinemas e em DVD também), mas, confesso, fiquei muito decepcionada. Eles estão atrás mesmo! Sem contar que é super difícil de escolher o filme porque os títulos, com raras exceções, estão em japonês. Então, tem que ser pela "cara" dos atores mesmo. Sem contar que alguns filmes que eu já vi estão com uma capa diferente, o que leva um certo tempo para que o cerébro consulte o arquivo de filmes já vistos e faça a conexão aquela capa. Depois de quase 40 minutos, sai da locadora com um DVD que tinha dois episódios de CSI. Um eu não tinha visto, mas o outro já. Uma pena... Mas, o importante é que agora já tenho o acesso, só preciso da paciência para voltar para casa com algo inédito. Pelo menos deu para tirar o pó da televisão e do DVD player. Cruzes!

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Fui para minha primeira aulinha de japonês na escola. Foi bem legal. Minha turma tem gente de vários lugares do mundo. Entre os que eu anotei tem: uma canadense, um mexicano, um inglês, uma tcheca, um chinês, uma israelense e uma filipina. Não a turma não é grande, mas é diversificada. A escola oferece as aulas de graça como parte do final do processo de formação de professores (a mesma coisa era possível encontrar na NZ). É como se fosse um estágio para os formandos e, para nós alunos, uma boa oportunidade. São dois blocos de aulas com 50 minutos de duração cada e cada bloco tem um professor diferente. O primeiro foi bem legal, mas o segundo deixou um pouco a desejar - acho que ele tava nervoso. A única coisa que temos que pagar é a taxa pelo material, cerca de $10 (sempre que eu falar em dólares aqui, são americanos - é que é mais fácil para fazer a conversão porque é só dividir o valor em Yen por 100).

Saí da aula sabendo dizer, entre outras coisas:

Hajimemashite. (prazer em conhecê-lo (a))
Watashi wa Gisele desu. (eu me chamo Gisele, ou seu sou Gisele)
Brajiru jin desu. (Eu sou brasileira)
Doozo yoroshiku. (algo como estou encantado por conhecê-lo (a))

Melhor ainda foi à noite, na aula da empresa do Paul porque eu era a única aluna hoje. Paul e os colegas dele que estão fazendo o curso estavam participando de uma reunião. Então, eu acabei tendo duas horas de aula particular. A professora me passou, rapidamente, as cinco lições que ela já tinha dado para a turma. Foi ótimo! Amanhã vou fazer alguns exercícios aqui e tentar absorver mais as aulas de hoje. Aluna nota 10!!!

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