30 August 2006

Quem me conhece sabe que eu não gosto de comer sozinha, mas sair para almoçar ou jantar aqui sem Paul é o único jeito para eu poder experimentar e saborear a culinária local. Isso porque o (monstrinho) do meu marido reclama que as porções são pequenas e que não enchem ele. Sem contar que ele também não é muito fã de frutos do mar - o que mais tem aqui. De forma que, para satisfazer o rapaz, nós ou saímos para comer em rodízio, restaurantes ocidentais ou, pior, em redes de fast-food. Então, eu aproveito quando estou sem ele para descobrir novos lugares e novos sabores. Hoje foi um desses dias e eu fui num restaurante aqui perto do apt. Já tinha passado na porta várias vezes, mas nunca tinha entrado. O nome vou ficar devendo, é claro, porque estava em japonês. Comi um delicioso tempura de camarão com legumes e arroz. A refeição me custou pouco menos de $6 e sai toda contente de barriguinha cheia. Há muitos lugares aqui onde se come bem por menos de $10 (às vezes, bem menos). Aliás, aqui a comida é saborosa em quase todo lugar, mesmo no "boteco" da esquina. É impressionante!

Depois do almoço é hora de bater perna para fazer a digestão. Fui na locadora para devolver uns DVDs e pegar outro (apenas um dessa vez porque já nos mudamos no sábado). Estou ficando, novamente, viciada em E.R. (Plantão Médico). Eu era fã da série no Brasil, mas não lembro porque eu não assistia na NZ, e estou meio que tirando o atraso agora. Pena que ficaremos sem DVD player por um tempo porque nós já compramos a TV, mas ainda o DVD player está em segundo plano. Claro que teve também pausa para o meu frapuccino e para leitura das revistas em inglês for free.

Quando eu alugava DVDs na NZ ou no Brasil aparecia logo de cara um menu dizendo se eu queria assistir em inglês, português, espanhol e várias outras línguas. Aqui no Japão já entra direto no filme ou episódio. Pumba! Sem direito de escolha. Então, a gente assiste a tudo com legenda em japonês. Um saco! Acredito eu que deva ter a opção para mudar, mas está tudo em japonês. Eu não tenho a paciência de Jó de ficar testando....

Falando em problemas de linguagem, eu tento explicar a Paul que às vezes ele precisa ser mais sensível quando tenta se comunicar com os japoneses em inglês. Primeiro, ele fala muito rápido. É um terror! Até eu que convivo com ele de vez em quando tenho que pedir para ele repetir. Aí, os japoneses sempre olham para mim com olhinhos de socorra-me para eu traduzir do inglês de Paul para um inglês mais elementar, nível básico mesmo. É ridículo! Mas, por exemplo, Paul ao invés de perguntar que horas a loja fecha, ele faz uma volta e pergunta até que horas eles vão ficar abertos. Outro dia ele usou uma expressão para perguntar se o produto era mais caro do que o outro que, meu Deus, era a complicação da complicação. Eu tento fazer ele entender, mas ele diz que fica difícil ter que mudar o jeito com ele se comunica. Acho que essa falta de tato é devida ao fato de que ele nunca morou fora, nunca passou pelo be-a-bá de uma nova língua. Então, ele não compreende que pequenas coisas fazem diferença. Acredito que depois de um tempo aqui no Japão, ele vá se adaptando a isso.. tomara!

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Galera, vai perdoando aí os erros nesse post de hoje.. É que estou aqui meio lesa de cansada (mas, sem sono) e estou escrevendo no escuro porque Paul foi dormir sem a máscara e se eu acender a luz vai bem na cara dele. Não vejo a hora de termos um apt com dois ambientes. Assim, eu posso relaxar mais e até aproveitar essas insônias para fazer algo de produtivo.

Eu já descobri o que me causa insônia: é meu frapuccino (do Starbucks). É uma pena porque é tão gostosinho e um ótimo companheiro na leitura das revistas... Vou ter que cortar antes que vire hábito e fique mais difícil, não é? Eu não sabia, mas no frapuccino tem café - eu achava que não, pensava que era uma espécie de milkshake - e como meu organismo não está acostumado à cafeína, o frapuccino acaba virando overdose.

Falando em Starbucks, acho curioso que não se possa fumar na Starbucks - na minha cabeça, pessoas que fumam bebem café. Então, acreditava eu, seria o ambiente propício, ou pelo menos, seria fácil de entender a associação das duas coisas. Em compensaçõa, pode-se fumar na McDonald´s, ambiente frequentado por crianças e adolescentes. Sem contar que você acaba comendo sanduíche defumado porque a separação entre as áreas de fumantes e não-fumantes é ridícula. Vá enteder!!!!

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