02 August 2006

Minha mãe sempre me disse que é um desperdício de energia se planejar as coisas de um dia para o outro. Mesmo que fosse antes mesmo de irmos para cama. Ela dizia que em 8 horas muita coisa poderia acontecer e aqueles planos iriam por água a baixo. Tudo bem.. tudo bem.. Mas, o que dizer quando se programa algo antes do café-da-manhã para o mesmo dia e tudo muda após um e-mail, uma ligação ou uma coisita qualquer? Continua sendo desperdício de energia ou só uma "pedra no meio do caminho?"

Filosofia e divagações à parte, o fato é que mudamos nosso roteiro depois de checar na internet que nossas bagagens já tinham chegado no aeroporto de Narita. Mandamos as bagagens desacompanhadas porque pagamos menos do que trazendo excesos de bagagem. Enfim... Depois dessa nova informação, descemos para o lobby do hotel e encontramos alguém para nos ajudar com a comunicação com o departamento de carga da Qantas/Japan Airlines. Nossa idéia era evitar o deslocamento para o aeroporto (que fica a mais de 1h de trem do centro de Tokyo) e organizar, pelo telefone mesmo, a entrega das nossas coisas no apartamento que vamos ficar a partir de segunda-feira. Tudo seria possível, mas fomos informado que se outra pessoa fosse na alfândega declarar nossos "bens" teríamos que pagar uma taxa de quase $300. Diante disso, resolvemos botar as mochilas nas costas e ir para Narita - antes, entramos na internet para saber que trem deveríamos pegar e também liguei para Cláudia que, para nossa felicidade, estava de folga hoje e disse que iria nos encontrar na saída do trem.

Pegamos o metrô na estação perto aqui do hotel e seguimos para a estação Tokyo. De lá, pegamos um trem expresso até o aeroporto (o expresso leva 53 minutos). Pagamos cerca de $20 cada um pelo ticket, bem mais barato do que os quase $60 que pagamos pela passagem do ônibus do aeroporto para o hotel no dia que chegamos. A viagem foi tranquila e deu para ver uns pedaços do caminho. Deu para perceber que Narita é bem mais rural. Chegamos sãos e salvos e avistamos logo a carinha linda da Cláudia. Um detalhe: por sorte estávamos com nossos passaportes porque, sem eles, não poderíamos ter entrado no aeroporto. A Cláudia disse que esqueceu de nos avisar desse detalhe.

Paul imprimiu ainda em Auckland o mapa do local onde deveríamos ir para pegar as bagagens (10 volumes com peso total de 139kg). Depois de caminhar uns 20 minutos, chegamos ao destino. A Cláudia salvou nosso dia. Ela, praticamente, resolveu tudo porque, os funcionários só se comunicavam em inglês. Como já esperávamos, tivemos que ir na alfândega para declarar os bens. Nós não sabíamos que era preciso preencher o formulário ainda dentro do avião porque pensávamos que o formulário era, apenas, para quem estava carregando a bagagem. Tivemos, portanto, que preencher um formulário dizendo que não tínhamos preenchido o formulário no avião (tem um pouco de Brasil no Japão em termos de burocracia. Aqui também se gosta muito de papel). Mas, os funcionários da alfândega foram uns amores e se comunicaram com a gente em inglês. Último estágio era ir no local onde se pega as bagagens e tentar organizar o esquema de entrega. E dá-lhe Cláudia novamente. Tudo em japonês. Depois de mais de 3h de conversa e de pagamento de taxas, saímos do aeroporto com a certeza do dever cumprido: nossas bagagens serão entregues no nosso apartamento na sexta-feira à tarde.

Já que estávamos em Narita e a Cláudia mora lá, resolvemos passar a tarde pela cidade. A Cláudia nos levou para almoçar num restaurante super legal. Em seguida, fomos caminhando até um templo que é um deslumbre. Passamos umas admirando a beleza e a paz do templo. Infelizmente, chegamos lá um pouco depois das 4h da tarde e algumas áreas já estavam fechadas, mas valeu demais. A ida ao templo revelou uma verdade: preciso de uma máquina digital nova. As minhas fotos ficaram OK, mas poderiam dar uma idéia bem melhor do lugar se tivessem melhor qualidade. Claro que o melhor mesmo é ver ao vivo e a cores. Fizemos todas as purificações recomendadas e também acendi uma vela para minha avó linda, que faria aniversário hoje.

Na volta para casa não pegamos o expresso. Cláudia nos orientou a fazer a viagem de forma mais barata. Demorou um pouco mais e não foi tão confortável, mas, sem dúvida, custou quase a metade. Depois de três trens, chegamos de volta ao hotel. Exaustos! Mas, queria fazer o registro de tudo ainda hoje, enquanto tá tudo fresquinho... As fotos de hoje já estão em: http://giselesilvanz.spaces.msn.com/

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