Ontem, dia 11 de setembro foi aniversário do meu pai. Pensei em homenageá-lo escrevendo um poema, mas sou terrível nesse quesito. Também pensei em procurar alguma mensagem na internet, mas também se revelou não ser uma boa idéia porque não tinha nada que fosse parecido com o que eu diria para ele. Tudo meio piegas e sem graça. Sem açúcar ou afeto.

Aí, eu lembrei que me pai tem uma facilidade para tocar instrumentos musicais de fazer inveja a muita gente - o que não foi herdado por nenhum dos filhos. Eu cresci ouvindo ele tocar violão, órgão, pandeiro e até sanfona. Era só botar um instrumento na mão dele e a música saia (e sai até hoje!). Ele sempre participava de festas, reuinões de amigos e nos levava juntos e algumas canções me marcaram muito (não que tenham nenhuma ligação com nossa relação). Entre elas:

Amigo é pra essas coisas
"Salve, como é que vai... Amigo a quanto tempo... Um ano ou mais...Posso sentar um pouco?Faça o favor.A vida é um dilema...Nem sempre vale a pena..."

Índia (Essa era engraçada porque ninguém sabia a letra direito. Então, depois da primeira parte da música só se ouvia: índia teus cabelos, índias teus cabelos, índia teus cabeeeelosss repetidas vezes. Era bem divertido!)
"Índia teus cabelos nos ombros caídos... Negros como as noites que não têm luar...Teus lábios de rosa para mim sorrindo e a doce meiguice deste teu olhar...."

João e Maria
"Agora eu era herói e meu cavalo só falava inglês.. a noiva do cabói era você além das outras três.. eu enfrentava os batalhões, os alemães com seus canhões..." Casinha Branca "Fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra nós dois morar... fica perto da barranca do rio Paraná... a paisagem é uma beleza, eu tenho certeza você vai gostar"